DUBAI (EAU) – A tenista brasileira Beatriz Haddad Maia, 16ª do mundo e número 1 do Brasil, enfrentou mais uma decepção em simples nesta segunda-feira (17/02), ao ser derrotada pela russa Anastasia Potapova (31ª) por 6/3 e 6/0, em 1h15 de jogo, no WTA 1000 de Dubai. A partida, marcada pelo domínio absoluto da russa, reforçou a crise de resultados da paulistana em 2025, que acumula apenas duas vitórias na temporada em singles 18.
Contexto da temporada e desempenho no confronto
Haddad Maia, que avançou apenas à terceira rodada do Australian Open, repetiu o mau desempenho dos últimos torneios: foi eliminada na estreia em Adelaide, Doha e agora em Dubai. Em solo árabe, ela ainda busca sua primeira vitória na carreira, após quedas para Sorana Cirstea (2023) e Jasmine Paolini (2024) 17. Já Potapova, campeã há oito dias na Transilvânia, mostrou confiança e controle, aplicando um “pneu” no segundo set e vencendo nove games seguidos ao longo da partida.
Análise técnica: Domínio de Potapova e fragilidade de Bia
- Primeiro set: Apesar de começar liderando por 2/1, Bia perdeu o ritmo após Potapova quebrar seu saque duas vezes. A russa fez o dobro de winners (12 a 6) e cometeu menos erros (12 contra 13) 18.
- Segundo set: Potapova ampliou a pressão, quebrando o saque brasileiro três vezes e perdendo apenas quatro pontos em seus games de serviço. Com 21 winners (contra 9 de Bia) e 21 erros (29 da brasileira), a russa fechou o jogo sem conceder games.
Próximos passos: Foco nas duplas
Ainda nesta segunda-feira, Bia estreia nas duplas ao lado da alemã Laura Siegemund, parceria que chegou à final de Adelaide e às semifinais de Doha neste ano. Elas enfrentam a dupla Aoi Ito (Japão) e Ekaterina Yashina (Rússia) 17. Enquanto isso, Potapova avança para enfrentar a ucraniana Dayana Yastremska (48ª), com histórico equilibrado (1-1).
Crise em simples e pressão no ranking
Com apenas duas vitórias em 2025, Haddad Maia mantém a 16ª posição no ranking graças aos pontos acumulados em 2024, mas a situação preocupa. Sua performance contrasta com a de Potapova, que soma oito vitórias em dez jogos neste ano 14. A brasileira, que já foi semifinalista em Roland Garros (2023), precisa reencontrar seu jogo agressivo e consistência para evitar quedas no ranking.
Foto: Jimmie48/WTA